quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Analise sobre o poema "Braços" ( Cruz de souza )

João da Cruz e Sousa foi um dos maiores precursores do simbolismo no Brasil. Seus poemas são marcados pela musicalidade, pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero é certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.
         

 BRAÇOS
Braços nervosos, brancas opulências,
brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
alvuras castas, virginais alvuras,
latescências das raras latescências.

As fascinantes, mórbidas dormências
dos teus abraços de letais flexuras,
produzem sensações de agres torturas,
dos desejos as mornas florescências.

Braços nervosos, tentadoras serpes
que prendem, tetanizam como os herpes,
dos delírios na trêmula coorte ...

Pompa de carnes tépidas e flóreas,
braços de estranhas correções marmóreas,
abertos para o Amor e para a Morte! ( Cruz e souza)


Analise do poema:
*Aliteração constante no poema
*Sensualismo em algumas estrofes
*Também há o uso da assonância
*A obcessão pela cor branca presente nas estrofes.
*O uso constante pelas rimas ou propriamente dizendo o uso da musicalidade.

Felipe Modesto

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